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Fernando Pessoa por Paulo de Tarso

Fernando Pessoa estava macambúzio. Tudo porque era o insólito, Aquilo de que fugira constantemente, durante toda a vida.

Sentou-se desajeitado; o lugar estava escuro, quando falou... Falou de si mesmo, como sempre...

Falou de como não ia falar de seu gosto por Edgar Allan Poe, de quem traduziu o “Corvo”, e falou, melhor, sobre o Demogorgon, aquele Ser criado por um erro de gramática, e que assombrou Álvaro de Campos, o poeta que vivia em Si quando lhe dava a indisposição enérgica contra o Mundo e o Mistério de existir...

Sobre o famigerado Demogorgon, mostrou imagens, e discorreu sobre as referências de onde o podemos apreender: no “Doutor Fausto”, de Marlowe; no “Prometeu Desacorrentado”, de Shelley; no “Farie Queene”, de Edmund Spencer; e, também, falou de suas ligações, de Fernando Pessoa, com as “ciências ancestrais”...

Herméticas, órficas, do famoso “Hino a Pã”, poema anglo-saxão composto por Aleister Crawley, seu invisível amigo...

De suas pesquisas em Rosacruz, Maçonaria, Espiritismo Kardecista, Teosofia, Aurora Dourada, Psicologia, ciência muito nova, em sua época, e, finalmente, de como tudo isso se conjugara para a criação e a transmissão de sua “Mensagem”.

Falou de como outros “eus”, dentre os populares, chegavam a Negar sequer a preocupação com a existência de um Mistério, no Mundo. Falou de como esse Mistério, a SiMesmo, o afligia, a ponto de ter criado um “Primeiro Fausto” e os “Passos da Cruz”...

E terminou, dizendo que o “Demogoron” estava ali, bem perto de nós, em uma série de televisão (“Stranger things”)...

Ao dizer isto, instaurou-se, ali, o Mistério do Mundo, e a sala escureceu-se, ainda mais. E ouviu-se um Estupor de invisível ascendência...

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